A Litecoin é um bom Investimento?
A Litecoin é uma criptomoeda “OG”. Além do Bitcoin, nenhuma outra moeda ficou mais tempo entre as dez primeiras. BTC e LTC têm ocupado lugares nos gráficos por 410 e 409 semanas, respectivamente (outros top performers incluem XRP com 396 semanas e ETH com 291).
Ela foi criada seguindo um código fonte “garfo” da blockchain Bitcoin Core (um garfo é quando uma blockchain diverge em dois caminhos separados, criando duas moedas distintas). As maiores diferenças da Litecoin em relação à Bitcoin incluem:
Taxas de transação mais baixas
Um algoritmo de hashing diferente
Um tempo reduzido de geração de blocos
Um aumento do limite máximo de moedas
Não seja dissuadido! A seguir, vamos entrar nas especificidades destas diferenças e também analisar como estes fatores contribuíram para o sucesso da Litecoin como uma criptomoeda mais “gastável”. Você deve ter ouvido o Bitcoin ser descrito como “ouro digital”, e seguindo essa linha de pensamento, a Litecoin poderia ser considerada “prata digital”. Mas a história da criptomoeda não é tão imaculada quanto você pensaria.
Em uma entrevista de 26 de abril com a CNBC Worldwide Exchange, Lee discutiu a Litecoin, comparando e contrastando seus atributos com os do Bitcoin. Embora Lee seja tipo uma entidade polarizadora na criptosfera, vale a pena ouvir o que ele tem a dizer sobre a criptomoeda que ele inventou. Vamos ver.
Uma das principais diferenças entre as duas criptomoedas é a taxa de transação (1). Os miners de criptomoedas escolhem validar as transações que mais pagam. A taxa de transação média atual para a Litecoin, no momento da redação, é de apenas US$ 0,04. Com o Bitcoin, esse número é muito mais alto, com sua taxa média de transação sendo de US$ 26,89.
“A blockchain do Bitcoin está congestionada”, diz Lee. “Todos estão competindo para colocar suas transações no próximo bloco, e a maneira como fazem isso é pagando mais taxas”.
Outra diferença fundamental entre a Litecoin e o Bitcoin são seus algoritmos de mineração (2). A Litecoin emprega Scrypt, um dos primeiros algoritmos de hashing implementados em redes de blockchain. Os desenvolvedores do Scrypt pretendiam que ele fosse um aperfeiçoamento de um algoritmo de hashing ainda anterior, o SHA-256 (o usado pelo Bitcoin). Lee escolheu Scrypt por uma boa razão, mas temos que dar uma olhada mais profunda na mineração de criptomoedas para entender o porquê.
O básico: a mineração pode ser realizada usando uma unidade central de processamento (CPU), unidade de processamento gráfico (GPU), ou miners de circuito integrado específico de aplicação (ASIC). Os miners ASIC têm a vantagem de ser capazes de resolver as complexas cadeias de dados necessárias para extrair (pense “vencer”) o bloco muito mais rapidamente – gerando consideravelmente mais hashes (pense “tentativas”) por segundo do que CPUs ou GPUs.
Consequentemente, a mineração de Bitcoin, utilizando os ASICs mais caros e difíceis de encontrar, é agora uma espécie de corrida armamentista. Em 28 de abril, a Core Scientific, o maior pool de mineração da América do Norte, anunciou que havia comprado 112.800 máquinas de mineração Antminer do fabricante de ASIC Bitmain. O CEO da Core Scientific diz que esta compra mais recente poderia ajudar sua empresa a aumentar sua participação global na taxa de hash do Bitcoin de 5% para 12%. Para ser claro, isto significaria que uma organização poderia plausivelmente estar processando mais de 1/10 de todos os blocos Bitcoin e, na opinião de muitos, isto vai contra uma filosofia que está no âmago das criptomoedas: a descentralização.
É aqui que entra o algoritmo de hashing da Litecoin: Lee escolheu o Scrypt porque o algoritmo é menos suscetível à mineração ASIC. Embora ao longo dos anos os miners Scrypt ASIC tenham se tornado mais prevalentes, a maioria da mineração na blockchain Litecoin ainda usa CPUs e GPUs, tornando-a muito mais acessível à pessoa comum e menos suscetível ao “controle” pelas piscinas de mineração centralizadas acima mencionadas.
